sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fábrica de cidadães perfeitos

Pai, dai-me forças.
Não consigo mais pensar em coisas fúteis e tolas que me fazem feliz. Fica cada dia mais difícil explorar minha criatividade e expor novas idéias. É essa tal de escola que nos coloca em formas e nos faz acreditar apenas no convencionado, sonhando com soluções e problemas (matemáticos).
E as idéias, antes usadas para a criação de novas brincadeiras, hoje me servem para temas de redações, também impostas. Nem minhas poesias consigo mais fazer. A começar por essa, que tornou-se uma dissertação.
Meus limites são maiores que o tamanho dessa forma. Me sinto presa, apertada, não consigo me expandir. Ainda sim, não quero sair. É necessário passar pelo fogo para alcançar o objetivo. Falta pouco.
Pai, ajuda-me a controlar tantas forças.

sábado, 25 de outubro de 2008

Altos e baixos

Não sei fazer sala. Não, realmente não sei hospedar alguem. Na verdade, coitado daquele que for dormir ao meu lado durante anos, ou eu mudo, ou as coisas serão um tanto complicadas. Me falta atenção para dar ao hospede, me falta uma preocupação com detalhes, que não tenho... Me falta... PRIORIDADE. Reconheço, deve ser difícil estar sob minha responsabilidade, não ligo a mínima se você não responder se quer leite ou suco, não consigo conversar besteira até altas horas, mas espero que um dia possa mudar e ser tão receptiva quanto as pessoas são quando estou em suas casas.
Mais ha também outro fato intrigante. Eu mesma odeio conviver com meus dias de cansaço e as manhãs de mau humor, imagine outra pessoa. É dureza.
Enjoo fácil, sou legal enquanto escrevo, enquanto estou longe, ao telefone, mas nõa no dia-a-dia.... Me falta... PRIORIDADE.
A visita não é prioridade, prioridade é a escola, é o problema de palco do festival, prioridade é Deus.
Talvez a idéia de garota legal que está sempre em alta seja frustado, pois essa legacidade odeia a rotina do dia-a-dia, talvez você só me conheça quando quebro a rotina, mas saiba, é tudo passageiro.
As piadas vão embora quando chega o sono, as palavras são expulsas quando bate a porta o cansaço, e você encontra em todo esse contratempo uma outra Sarah, calada, séria, sem mais nem menos, apenas vivendo, vegetando.
Talvez amanhã tenhas novamente meu sorriso, mas só talvez. Não se fruste, afinal, tudo na vida passa, até uva passa.

sábado, 18 de outubro de 2008

Réu confesso

Abro mão da minha frieza
Até tolero sua teimosia
Sei que agente vai encontrar
Um outro jeito de se entender
De compartilhar

Com conversa tudo se resolve
Basta um carinho ou aquele charme
Vou me esforçar pra lhe entender
Só pra pra ter como meu o seu olhar

És o único dono destas poesias
És o único que me inspirou às mais belas letras
E talvez nem saibas
São pra ti as únicas palavras escritas e cantadas
Que por puro amor um dia escrevi

Quando estivermos juntos
Vamos rir muito de tudo isso
Na varanda, ao luar.