Fim de tarde...

É impressionante a facilidade de como a gente se adapta as coisas. De repente, eu já nem sei mais quem eu era antes de ser aquilo que gostaria de ser, e hoje sou. Soa um pouco confuso falar que as várias faces que eu tive no passado não lembram nem de longe a que tenho hoje. O mundo é aquilo que eu acho que ele seja, é aquilo que vejo e percebo, e que nunca será a realidade em si, pois a realidade e a percepção são extremos de retas diferentes. A realidade é imutável e a percepção é imutavelmente variável. Guiados por um papel em que anotamos nossos sonhos andamos em círculos... Afinal, nunca saberemos em que ponto da linha da existência, que percorre do nascimento a morte, estamos.