domingo, 11 de abril de 2010

Tarde de domingo

As coisas acontecem, os ciclos passam, as atividades me enchem e me saturam cada dia mais. Deitar na cama e respirar um pouco tornou-se um dos momentos mais intensos do meu dia. Fico pensando em tudo que ainda tenho pra fazer e se estar alí deitada não seria uma grande perda de tempo. Então se passa mais um mês, mais uma semana e novamente estou alí, numa tarde de domingo me sentindo só, ainda que tantas pessoas me cerquem por tanto tempo em quase tudo.
Sou uma espiã que protege secretamente a mim mesma. Protejo-me dos sentimentos mais profundos, aqueles que me fazem me envolver e me relacionar com qualquer pessoa, por mais próxima e confiavel que seja. Depois de tantos anos escrevendo sobre isso, descubro que ainda é verdade que tenho medo de amar. Talvez por isso tenha perdido tantas vezes o grande homem e a grande amiga de minha vida. Quando me percebo perto, me afasto. O que me faz estar sempre só, principalmente nos domingos de tarde.

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